quinta-feira, 2 de junho de 2011

Atividade 2-Etapa 3- Observando e Registrando

Meu último registro e o caule cresceu até 4,5 cm. Os cotilédones ainda estão aí, firmes.




Agora são as bifurcações do caule principal que estão crescendo. O caule principal, manteve seus 4 cm e os cotilédones estão começado a secar.

Aí estão os três pés de feijão, em estágios de desenvolvimento diferentes.



Olha que beleza de raiz!
Houve um crescimento de mais 0,5 cm entre o 15º dia e o 16º de acompanhamento.
Minhas outras mudinhas estão indo pra frente.






Estão aí as três sementes plantadas juntas em estágios diferentes de desenvolvimento.
As sementes utilizadas são de pacotes de feijão que passam por processos químicos. Acredito que certos produtos são aplicados para que as sementes não germinem ou aumentem seu tempo de dormência.







Observei que a raiz da terceira semente está se desenvolvendo, então observando melhor verifiquei que começou a germinar.












Esta semente foi plantada junto com o feijão que agora está com 3 cm. Só agora está despontando. Ao lado podemos observar a casca que finalmente foi rompida.










Cresceu mais 0,5 cm, agora está com 3 cm.


























Comecei a medir com 1,7 cm, assim que o caule se desenrolou. De um dia para outro o caule está medindo 2,5 cm. Cresceu 1,8 cm. Agora o crescimento acelerou.













E olha só as folhas de um dia para outro. Se abriram, mas permanecem os cotilédones e ainda estão verdinhos, fornecendo nutrientes à planta.
























Olha as raízes! Plantei no copo trasparente para poder observar isto também.

















Estas raízes são de outra semente de feijão que ainda não apareceu fora da terra. A terceira semente não se desenvolveu.














Agora eu posso medir o crescimento do feijão, até ontem, 02 de junho, achei que meu feijão não ia se desenvolver. A pesquisa que fiz sobre dormência das sementes me apontaram motivos pelos quais houve tanta demora no início da germinação:
-estava muito frio;
-eu não coloquei o feijão de molho em ácido sulfúrico, nem no álcool e nem na água quente, então foi difícil o rompimento da casca.
Acho que esse desenvolvimento repentino se deve à mudança do tempo, está querendo chover.




Comecei a medir o caule, tem 1,7 cm.











Logo abaixo podemos comparar a evolução da planta de um dia para outro.





































































































Esta foi a primeira foto do meu registro feita com uma máquina fotográfica digital. Eu não fotografei todo dia porque não haviam mudanças aparentes. Deveria ter observado melhor porque enquanto em cima da terra aparentemente não acontecia nada, embaixo da terra as raízes se desenvolviam e cresciam.





Continuo a fotografar quase todos os dias mas reparei que mesmo com luz, água, e húmus a germinação está muito lenta. Procurei quais poderiam ser os motivos e lha que interessante:


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Métodos de Quebra de Dormência de Sementes

Informativo Sementes IPEF - Novembro de 1997
Israel Gomes Vieira - Coordenação Técnica - Setor de Sementes IPEF
Gelson Dias Fernades - Técnico Responsável pelo LARGEA

Frente a necessidade urgente da reposição da vegetação nativa ou recuperação de áreas desmatadas, a compreensão da biologia reprodutivo (modo como as espécies se reproduzem no natureza) dos essências nativas (espécies da flora brasileira) se tornou de fundamental importância, para que esta recomposição florestal possa ser feita de forma racional. Dentre os vários fatores a serem estudados, existe um em especial que atinge diretamente a produção de mudas, que é o processo de dormência das sementes.

A dormência de sementes é um processo caracterizado pelo atraso da germinação, quando as sementes mesmo em condições favoráveis (umidade, temperatura, luz e oxigênio) não germinam. Cerca de dois terços das espécies arbóreas, possuem algum tipo de dormência, cujo fenômeno é comum tanto em espécies de clima temperado (regiões frias), quanto em plantas de clima tropical e subtropical (regiões quentes). O fenômeno de dormência em sementes advém de uma adaptação da espécie os condições ambientais que ela se reproduz, podendo ser de muita ou pouca umidade, incidência direta de luz, baixa temperatura etc. É portanto um recurso utilizado pelos plantas para germinarem no estação mais propícia ao seu desenvolvimento, buscando através disto a perpetuação da espécie (garantia de que alguns indivíduos se estabeleçam) ou colonização de novas áreas. Portanto, quando nos deparamos com este fenômeno há necessidade de conhecermos como as espécies superam o estado de dormência em condições naturais, para que através dele possamos buscar alternativas para uma germinação rápida e homogênea, este processo é chamado de QUEBRA DE DORMÊNCIA.

O fenômeno da dormência em sementes pode ser dividido em dormência primária e dormência secundária:

- Dormência primária é aquela que já se manifesta quando a semente completo seu desenvolvimento, ou seja, quando colhemos os sementes elas já apresentam dormência.
- Dormência secundária é quando as sementes maduras, não apresentam dormência, ou seja, germinam normalmente, mas quando expostas a fatores ambientais desfavoráveis são induzidos ao estado de dormência.

Principais causas de dormência das sementes:

Tegumento impermeável: as sementes com estas características, são chamados de sementes com casca dura, por não conseguirem absorver água e/ou oxigênio.

Embrião fisiologicamente imaturo ou rudimentar: no processo de maturidade da semente o embrião não está totalmente formado, sendo necessário dar condições favoráveis para o seu desenvolvimento.

Substâncias inibidoras: são substâncias existentes nos sementes que podem impedir a sua germinação.

Embrião dormente: o próprio embrião se encontra em estado de dormência, geralmente nesse caso a dormência é superada com choque térmico ou luz.

Combinação de causas: necessariamente os sementes não apresentam somente um tipo de dormência, podendo haver na mesma espécie mais de uma causa de dormência.

Processos para quebra de dormência das sementes:

Escarificação química: é um método químico, feito geralmente com ácidos (sulfúrico, clorídrico etc.), que possibilita os sementes executar trocas com o meio, água e/ou gases.

Escarificação mecânica: é a abrasão das sementes sobre uma superfície áspera (lixa, piso áspero etc). É utilizado para facilitar a absorção de água pela semente.

Estratificação: consiste num tratamento úmido à baixa temperatura, auxiliando as sementes na maturação do embrião, trocas gasosas e embebição por água.

Choque de temperatura: é feito com alternância de temperaturas variando em aproximadamente 20ºC, em períodos de 8 a 12 horas.

Água quente: é utilizado em sementes que apresentam impermeabilidade do tegumento e consiste em imersão das sementes em água na temperatura de 76 a 100ºC, com um tempo de tratamento específico para cada espécie.

Tabela 1. Tratamentos recomendados para quebrar a dormência das sementes em algumas espécies arbóreas.

EspécieNome CientíficoTratamento
Amendoim- do campoPterogyne nitensÁcido Sulfúrico - 5 min
BálsamoMyroxylon balsamumDesponte com tesoura de poda manual
BracatingaMimosa scabrellaÁgua ( 70o C ) - 5 min
CanafístulaPeltophorum dubiumÁgua ( 80o C ) - 5 min
CandíuvaTrema micranthaÁgua ( 50o C ) - 5 min
CandíuvaTrema micranthaÁcido Sulfúrico - 5 min
CopaíbaCopaifera languisdorffiiEscarificação Mecânica
FlamboyantDelonix regiaÁgua ( 80o C ) - 5 min
Fava barbatimãoStryphnodendron adstringensÁcido Sulfúrico - 15 min
Fava barbatimãoStryphnodendron adstringensÁgua - Ambiente - 12:00 h
GuapuruvuSchizolobium parahybaÁgua ( 90o C ) -1 min
GuapuruvuSchizolobium parahybaEscarificação Mecânica
GuatambuAspidosperma ramiforumImersão em água parada por 4:00 h
Ipê-felpudoZeyhera tuberculosaImersão em água parada por 15:00 h
JatobáHymenaea courbarilEscarificação com lixa
LeucenaLeucena leucocephalaÁcido Sulfúrico - 20 min
LeucenaLeucena leucocephalaÁgua - Ambiente - 12:00 h
MutamboGuazuma ulmifoliaÁcido Sulfúrico - 5 min
MutamboGuazuma ulmifoliaÁgua ( 90o C ) -1 min
Olho-de-dragãoAdenanthera pavoninaEscarificação Mecânica
Olho-de-dragãoAdenanthera pavoninaÁcido Sulfúrico - 35 min
Olho-de-cabraOrmosia arboreaEscarificação Mecânica
Olho-de-cabraOrmosia arboreaÁcido Sulfúrico - 35 min
Orelha de negroEnterolobium contortisiliquumÁcido Sulfúrico - 90 min
Orelha de negroEnterolobium contortisiliquumEscarificação Mecânica
Pau ferroCaesalpinia leiostachyaÁcido Sulfúrico - 45 segundos
Pau marfimBalfourodendron riedelianumEscarificação Mecânica
Sabão-de-soldadSapindus saponariaÁcido Sulfúrico - 1:00 h
SaguaragiColubrina glandulosaÁgua ( 90o C ) - 1 min
Sangra D'ÁguaCroton urucuranaChoque Térmico
SapucaiaLecythis pisonisRetirar o arilo
TopaOchroma pyramidalesÁgua ( 80o C ) - 15 segundos

Site consultado: http://www.ipef.br/

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